Num momento em que tanto se fala de fake news, e de quão prejudiciais podem ser, resolvemos expor falsidades e equívocos de limpeza industrial que são amplamente disseminados e aceites como sendo verdades, contrapondo-lhes os factos corretos.
É certo e sabido que qualquer falsidade, se correta e repetidamente divulgada, é facilmente aceite como verdade, enquanto muita informação genuína, testada e provada nem sempre tem o mesmo sucesso, pois é sempre mais fácil iludirmo-nos do que aceitar a verdade. No caso das limpezas industriais, também por vezes é mais fácil ignorar as instruções dos fabricantes e adotar procedimentos mais simples e descomplicados do que cumprir corretamente com as exigências de cada tarefa. Sabemos como o comodismo é facilitador de más práticas de limpeza e higienização e como estas podem colocar em risco instalações, equipamentos e funcionários em qualquer área de atividade. Razão pela qual vale a pena desmistificar conceitos e procedimentos que se replicam apenas porque não são vistos com erros. Eis a nossa listagem dos seis erros mais comuns.
1 – Quanto mais quantidade de produto se usar melhor será o resultado
Errado – Se não consegue tirar nódoas, marcas, gorduras, impurezas, germes ou qualquer detrito e está a seguir corretamente as instruções de uso do fabricante não some mais produto à limpeza. O mais certo é que a solução não está adequada ao problema, ou não foi bem concebida. Qualidade e quantidade são coisas distintas. Mude de produto.
2 – Limpeza doméstica, comercial e industrial são a mesma coisa
Errado – Ambientes domésticos, comerciais e industriais produzem tipos diferentes de sujidade, com diferentes escalas e distintos níveis de perigosidade para o bem-estar e saúde humanos. Razão pela qual assumir que todas as limpezas são iguais é um dos principais erros, com consequências graves a vários níveis, começando pela saúde dos trabalhadores e culminando na capacidade produtiva. Limpezas domésticas ou residenciais, comerciais e industriais requerem produtos e equipamentos específicos, técnicas e competências distintas, bem como procedimentos adequados a cada situação. Os resíduos resultantes da atividade de uma cozinha industrial em nada se assemelham aos produzidos numa oficina mecânica, a limpeza de uma loja de roupa não se equipara à de um supermercado e uma carpintaria exige cuidados e procedimentos distintos do de uma metalurgia. Aceitar que qualquer tipo de produto e de limpeza serve qualquer tipo de espaço de trabalho é um erro que se paga caro, pois aceitar que todas as limpezas são iguais resulta na aquisição de produtos, serviços, equipamentos e mão de obra desadequados o que compromete os resultados.
3 – Todos os desengordurantes são iguais
Errado – Esclarecido o primeiro ponto, é fácil de compreender que as gorduras existentes num restaurante não são da mesma natureza das encontradas num balneário ou fábrica automóvel, por exemplo. Também são distintos os equipamentos e superfícies a limpar em cada um desses ambientes, o que também é determinante para o tipo de produto químico a utilizar, e que este deve ser aplicado segundo procedimentos e técnicas distintas por equipas profissionais com formação adequada. Desengordurantes são produtos químicos desenvolvidos especificamente para cada fim, com fórmulas que acautelam o tipo de gordura, o volume da mesma e os materiais de que são feitas as superfícies onde terão de ficar a atuar, de maneira que consigam eliminar eficazmente a gordura sem danificar as superfícies nem comprometer o bom funcionamento dos equipamentos. Acautelar a compatibilidade dos produtos ao fim a que se destinam e aos materiais a desengordurar é de suprema importância. Por isso, na Morchem, desenvolvemos um amplo menu de fórmulas específicas, desenhadas em exclusivo para fins tão distintos quanto desengordurar o motor de um carro ou o exaustor de uma cozinha, o chão de uma fábrica ou os azulejos de uma piscina.
4 – Misturar fórmulas de limpeza potencia uma melhor limpeza
Errado – Esta ideia não é apenas absolutamente errada como altamente perigosa. Misturar soluções químicas é arriscar cocktails literalmente explosivos, inflamáveis, poluentes e tóxicos e colocar em risco pessoas e estruturas. Nunca misturar dois produtos distintos em simultâneo. Acautelar sempre as indicações e recomendações do fabricante, e cumprir escrupulosamente as instruções de diluição e tempo de secagem de cada produto.
5 – Equipamentos de proteção individual são apenas para amadores
Errado – É errada e perigosa a ideia de que – por ter a formação, as competências e o conhecimento adequado ao manuseamento de produtos químicos em determinado setor ou vários deles – um profissional de limpeza não corre riscos e que, portanto, não necessita de usar equipamentos de proteção individual (EPI). Independentemente do grau de profissionalismo ou anos de experiência, devem sempre acautelar-se todos os riscos.
6 – Todas as marcas de produtos de limpeza industrial são boas
Errado – Deve procurar fabricantes e fornecedores conscienciosos com o meio ambiente, o rigor das suas fórmulas químicas, a eficácia das mesmas na obtenção dos melhores resultados, a satisfação do cliente e a segurança de todos os envolvidos na cadeia de limpeza. O lucro fácil não é duradouro e só empresas verdadeiramente comprometidas na satisfação das necessidades em total segurança estarão á altura da cabal satisfação dos clientes.