O que nunca deve fazer com lixívia: 6 + 1 erros a não cometer

A lixívia é um produto que nunca deve faltar na despensa de uma casa ou no stock de uma empresa ou fábrica. É um excelente produto de limpeza com enorme capacidade desinfetante, inigualável na eliminação de bactérias e microrganismos sendo ainda um potente branqueador de têxteis. Todavia, deve ser usado com moderação e cautela, pois em concentrações demasiado altas é irritante para as mucosas – olhos, boca e nariz –, pele e vias respiratórias. É ainda um produto que pode danificar irremediavelmente algumas matérias e equipamentos, os quais, pelo tipo de uso e frequência do mesmo podemos achar que necessitam de uma boa lavagem com lixívia. Provavelmente não será boa ideia. Para evitar alguns erros comuns, eis o que nunca deve fazer com lixívia.

1. Não desinfete com lixívia produtos alimentares

Sabemos que o vinagre – outro aliado das limpezas –, por exemplo, pode ser eficaz na lavagem de algumas frutas e vegetais, mas a lixívia é demasiado tóxica, forte e nociva para a saúde humana e animal, para que possa ser utilizada para fins de lavagem ou desinfeção de alimentos.

Jamais utilize lixívia em alimentos. 

2. Não lave com lixívia superfícies ou objetos de granito ou mármore

Não apenas são pedras porosas que absorverão a lixívia, como a sua composição pode ser corrompida pela composição química da lixívia. O resultado são manchas, marcas e alterações de cor irreparáveis. Há produtos de limpeza eficazes e especificamente concebidos para a limpeza, desinfeção e tratamento de pedras.

Nem sequer pouse a garrafa de lixívia sobre bancadas, superfícies ou chão de pedra, pois basta que o fundo esteja humedecido com o produto para que deixe mancha.

3. Não deixe que a lixívia entre em contacto com madeira

A madeira é uma matéria viva, porosa e absorvente. Empregar lixívia sobre qualquer tipo de madeira resultará em manchas, descoloração, empenamento e deformação, podendo os danos ser irremediáveis. Além de que a lixívia não resolve os problemas que possam estar a afetar a madeira. Devem eleger-se produtos específicos para o tratamento de doenças da madeira, a sua limpeza, hidratação e manutenção.

Assim, mantenha a lixívia longe das suas tábuas de corte, cabos de facas, bancadas, tampos de mesa ou qualquer outro objeto ou superfície de madeira.

4. Não utilize lixívia para limpar metais

Metais mais nobres e sensíveis como o cobre ou o latão, ou mesmo o resistente aço inoxidável podem sofrer descoloração e danos graves sob o efeito corrosivo que a lixívia tem sobre ligas metálicas.

Afaste a lixívia de tachos e panelas, faqueiros e restantes talheres e praticamente quase todos os equipamentos de uma cozinha.

5. Não aplique lixívia diretamente sobre tecidos

Quando utilizada para fins branqueadores, a lixívia deve igualmente ser diluída e usada com parcimónia, já que pode descolorar irremediavelmente as fibras têxteis de cor, amarelecer as brancas e comprometer a resistência das fibras.

 6. Não empregue lixívia para desentupir canalizações de fossas sépticas

Uma recomendação particularmente importante para quem tem fossa séptica, já que a lixívia matará todas as bactérias, incluindo as benéficas, ou seja, aquelas que têm como missão decompor os detritos sépticos. Existem soluções próprias para limpeza, desinfeção e eliminação de odores apropriadas para estes casos.

 7. Nunca misturar lixívia com outros químicos

Por fim, mantenha como regra que a lixívia apenas pode ser misturada, diluída ou entrar em contacto com água. Tudo o resto está interdito. Misturar lixívia com qualquer outro produto de limpeza, por mais inofensivo que pareça, pode provocar fumos tóxicos e abrasivos e até provocar explosões graves. Vinagre e amoníaco, por exemplo, são dos piores inimigos da lixívia.

Cuidados a ter no manuseamento de lixívia

Deve ainda ter em consideração que é um produto que se decompõe com o calor e a luz e reage ativa e rapidamente quando em contacto com outros químicos, pelo que deve sempre ser usada com moderação, em local arejado ou bem ventilado, preferencialmente diluída em água e deve sempre ser manuseada com equipamentos de proteção individual. Mantenha em mente que além de potencialmente perigosa para a saúde, a lixívia:

·        Pode ser perigosa para o meio ambiente

·        Pode provocar toxicidade aquática

·        Tem ação corrosiva sobre metais

·        Acelera a combustão de outros produtos

Como usar corretamente a lixívia

Segundo recomendações da Direção-Geral da Saúde, as superfícies contaminadas devem previamente:

·        Ser limpas com papel absorvente, para eliminar vermes, secreções respiratórias, líquidos orgânicos ou sangue visíveis ou percetíveis.

·        O papel deve ser imediatamente descartado para um contentor apropriado.

·        Só depois se deve proceder à desinfeção com lixívia, nunca pura, sempre diluída na proporção de uma medida de lixívia para 9 medidas de água fria.

·        A solução deve atuar por cerca de dez minutos.

·        Deve depois ser limpa com água e detergente.

·        Enxaguar com água quente.

·        Deixar secar ao ar, preferencialmente arejando o local para forçar a secagem, a eliminação de cheiros potencialmente tóxicos e a total renovação do ar.

·        Em superfícies não contaminadas deve proceder da mesma forma, mas na proporção de uma medida de lixívia para 49 de água.



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