Muitos produtos químicos apresentam-se na forma concentrada, ou seja, preveem a diluição da fórmula química com água. Versões condensadas, altamente eficazes, que acarretam inúmeras vantagens, entre elas uma maior economia de espaço, recursos e dinheiro. Todavia, nem sempre são contempladas no momento da aquisição dos produtos.
Diluição – Bem fazer para melhor poupar
A diluição é um processo simples e descomplicado. Consiste em adicionar determinada percentagem de água a determinada quantidade de produto. Uma ação que exige rigor e cuidados. Devem acautelar-se os normais procedimentos de segurança ao manusear produtos químicos, sem esquecer os adequados equipamentos (luvas, óculos, fato, máscara ou viseira, conforme recomendado), todos eles referidos no rótulo e ficha técnica do fabricante, que sempre acompanham o produto e cuja leitura é obrigatória antes sequer de abrir as embalagens. Indicações sobre temperatura, modo de manuseamento e armazenamento, entre outras devem ser cumpridas. Delas depende a eficácia e longevidade do produto, bem como a segurança dos profissionais de limpeza e operadores dos equipamentos e utilizadores e ainda da qualidade do ar dos espaços onde serão aplicados e onde são guardados.
Fazer as contas
O rácio calcula e determina a quantidade de água a ser adicionada a uma porção de produto. Um rácio de 1:20, por exemplo, significa que a uma porção X de produto (seja esse valor X o equivalente a uma tampa, um litro ou qualquer outra medida) deverá adicionar 20 partes de igual porção X de água, aumentando o rendimento em vinte vezes. Ou seja, cada litro de produto deverá ser diluído em vinte litros de água.
Respeite sempre o rácio de diluição. Uma maior ou menor diluição do que a recomendada pelo fabricante poderá adulterar a eficácia da solução final. Mais produto pode danificar os materiais ou tornar tóxica a solução, enquanto uma maior diluição poderá torná-la ineficaz.
Ter de repetir a limpeza ou qualquer outro procedimento de higienização, perante a ineficácia de um produto mal diluído acabará por sair mais caro, por exigir mais dose de produto, ser mais moroso, logo, menos rentável.
VANTAGENS E POUPANÇA
Produtos que admitem diluição são:
– Mais duradouros
Independentemente do rácio indicado pelo fabricante, toda a diluição aumenta o volume de produto e prolonga a sua duração no tempo, já que uma pequena porção da fórmula base rende muito mais produto final.
– Mais cómodos
Embalagens com menos capacidade e volume, armazenam-se mais facilmente e requerem menor área de stock.
– Mais amigos do ambiente
Exigem menos consumo de água e representam menos embalagens de plástico, a serem produzidas e a serem descartadas. A diluição traduz-se ainda em menos componentes químicos nas redes de esgoto ou libertados na atmosfera com menores prejuízos para os ecossistemas, pessoas e animais.
– Mais práticos
É mais prático transportar e manusear embalagens de menor volume.
– Mais económicos
Produtos concentrados não se limitam à capacidade da embalagem. Esta deve ser multiplica pelo rácio de diluição, o que pode resultar numa quantidade de produto incomensuravelmente superior. Um rácio de 1:50, por exemplo, multiplica por cinquenta a quantidade de produto comprado.
Nota
Sempre que o fabricante não prevê, no rótulo e ficha técnica do produto, a sua diluição, significa que adicionar-lhe água, achando que se está a rentabilizar a compra, pode apenas comprometer a qualidade e eficácia do produto. As composições químicas são fórmulas delicadas que não devem ser adulteradas. O maior interesse do fabricante é garantir que utiliza a quantidade correta para um resultado de excelência, sem qualquer tipo de desperdício, seja ele de produto, de tempo ou de dinheiro. Garantido isso, o fabricante assegura a satisfação do cliente, bem como a boa reputação dos seus produtos e da sua marca. E estas são, igualmente, contas fáceis de fazer. Um cálculo que até de cabeça se faz.